“Não é necessário brigar com o que somos, e sim desenvolver virtudes opostas”.
Dr. Edward Bach
Minha hipótese de trabalho é baseada no poder de ressonância existente entre as essências florais e o ser humano no sistema de energias de ambos.
Em 1997, quando fotografei as essências florais do Dr. Bach, fiquei maravilhada ao constatar a energia vital impressa em cada gota, energias semelhantes às nossas (yin, yang, ki ̶ força vital), também constatadas pelo mesmo sistema fotográfico, reconhecido cientificamente na Rússia.
Desde a realização das fotos, passei a pesquisar a atuação das essências florais no processo terapêutico.
As essências florais de Bach (objeto da minha pesquisa) atuam na recuperação da força vital, promovendo a homeostasia, que favorece a reconciliação das subpersonalidades (cápsulas de energias poderosas, muitas vezes confundidas com obsessão espiritual) que habitam em nossa consciência, gerando a “força” necessária para despertar o curador interno. O floral, quando empregado de forma adequada, possibilita ao cliente e ao terapeuta entender a origem do desequilíbrio.
As memórias (tanto de cunho extracerebral como de corpo astral-emocional) de vivências passadas, genético-ancestrais e espirituais são transportadas do inconsciente para o consciente através de sensações/impressões e sonhos. As sensações/impressões são uma ampliação da consciência, geradas por vários fatores como a mediunidade, os traumas de vida atual, da vida intrauterina, de intravida e seculares.
Os sonhos são resultado de conteúdos das várias almas (existências, personagens vividos, padrões) e pode-se dizer que é uma atuação do espírito enquanto se dorme.
Ao longo do tempo, através de relatos de clientes em meu consultório, pude observar que no sono REM (em que acontece o movimento rápido dos olhos e há intensa atividade cerebral, como se a pessoa estivesse acordada, mas com tônus muscular diminuído), havia a sensação de estar vivendo aquele sonho de maneira tão lúcida, com carga emocional tão intensa, que comecei a explorar aspectos como pensamentos, sentimentos, emoções e sensações. Isso tudo, além de tempos remotos, lugares desconhecidos, pessoas desconhecidas, mas ao mesmo tempo habituais, condutas parecidas em contextos diferentes, fazia muito sentido dentro da busca pela origem do desequilíbrio. Passamos, assim, a explorar com mais intensidade e a adequar o floral às necessidades expressas durante o sono.
O sono do meu cliente, dentro do processo terapêutico, é de suma importância. Sem um sono tranquilo não há como recuperar a energia vital empregada nas atividades diárias. Durante o sono há atividades fisiológicas, produção de hormônios e de outras substâncias químicas necessárias para a manutenção do corpo humano, merecendo, portanto, atenção especial. Sendo assim, é necessário que o cliente durma bem. Quando isso não acontece, ficamos como uma flor murcha: sem vitalidade (veja a bioeletrografia abaixo, no final).
Aproveitamos o sono para trazer à consciência memórias necessárias para o processo de cura/transformação. Brinco assim com meu cliente: enquanto ele dorme, trabalha por si mesmo.
Buscamos (sim, buscamos, é uma parceria) nos conteúdos oníricos, informações sobre as necessidades de sua alma, as dificuldades, tendências, e intolerâncias que se repetem. O cliente identifica aquelas forças (subpersonalidades) como grandes aliadas em seu processo de cura.
Muitas pessoas encontram dificuldades nas relações pessoais, familiares, afetivas, profissionais e espirituais por estarem “espalhadas” (até mesmo dissociadas) e não conseguirem fazer a síntese de suas energias (forças), algo muito comum nas pessoas que sofrem algum tipo de trauma ou possuem um grau de percepção ampliada e não refinada.
Os florais contribuem levando luz para que, no processo terapêutico, haja uma desidentificação com a parte que está em conflito (na sombra). Os florais de Bach são gotas de luz que adentram a escuridão da alma; sem o direcionamento psicoterapêutico, a transformação, ou seja, o desenvolvimento das virtudes opostas, segundo Dr. Bach, pode ficar comprometido.
Conhecer-se tem o propósito de transformar aquilo que não é mais necessário e focar nas habilidades conquistadas ao longo dos tempos.