Fibromialgia: temperamento forte? Parte II

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“Não sei dizer como é um homem que desfrute de completa autorrealização porque nunca vi nenhum. Antes de buscar a perfeição, devemos viver o homem comum, sem automutilação.”

C. G. Jung

Escolhi o termo ‘temperamento’ como hipótese de minhas pesquisas em padrão de fibromialgia com bioeletrografia por entender que as características individuais são um fator determinante na recepção dos estímulos emocionais, expressos de forma exacerbada.

Observando as fotos geradas, percebe-se que o cliente possui uma predisposição orgânica que favorece o sequestro de campos eletromagnéticos externos. De acordo com o Dr. Sérgio Felipe de Oliveira, há uma constituição fisiológica da glândula pineal, incrustada de cristais de apatita, que reage ao menor estímulo de luz, temperatura e outras vibrações. Isso ocorre com mais facilidade em algumas pessoas, existindo a possibilidade de, através desse estímulo, despertar memórias profundas sem que o cliente tenha uma lembrança consciente disso, apenas das sensações e das impressões. Tais sensações e emoções se traduzem em uma desorganização bioquímica, trazendo transtornos de toda sorte.

O temperamento é a constituição básica, o que me faz pensar em predisposição genética e espiritual. Observo que meus clientes fibromiálgicos (diagnosticados por médicos) vêm de famílias exigentes, controladoras, perfeccionistas e exageradamente preocupadas com a imagem como forma de corresponder às exigências de outrem e às suas próprias. Falo aqui de uma estrutura construída para manter as exigências muitas vezes impostas e não conscientemente escolhidas: herança.

Já a predisposição orgânica favorece o “sentir” da alma que grita por transformação, pedindo aceitação.

Não existe bom ou mau temperamento. Um temperamento forte pode ser expresso em forma de conquistas em vários aspectos da vida, direcionando esta energia para toda a organização: pensamento, sentimento, emoção e ação.

A compreensão de que existe um “material” inconsciente acionado por um gatilho que desperta o padrão, que chamamos de caráter, favorece a autotransformação. Penso em Jung: “O que não enfrentamos em nós mesmos encontraremos como destino.”

Nem todos os que vêm de uma família rígida desenvolvem a fibromialgia. Entretanto, todos os fibromiálgicos têm, mesmo que de forma “disfarçada”, um histórico de rigor excessivo, com sobrecarga de responsabilidades ilusórias, o que se reflete na autoexigência, no controle e na preocupação excessiva.
Apresentação de caso: clique aqui


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