Sobre a obsessão

blog_05

Sabedoria Indígena: Um velho índio norte-americano certa vez descreveu seus conflitos internos da seguinte maneira: “Dentro de mim há dois cachorros. Um deles é cruel e mau. O outro é muito bom. Os dois estão sempre brigando.” Quando lhe perguntaram qual cachorro ganhava a briga, o ancião parou, refletiu e respondeu: “Aquele que eu alimento mais frequentemente…”.

A medicina reconhece a obsessão espiritual como possessão por espírito: “O Código Internacional de Doenças (CID) nº 10 (F44.3) já reconhece os estados de transe e possessão por espíritos; do mesmo modo que o Tratado de Psiquiatria de Kaplan e Sadock, da Universidade de Nova York, no capítulo sobre Teorias da Personalidade faz menção ao assunto; e Carl Gustav Jung, em sua primeira obra, analisa o caso de uma médium, uma moça “possuída” por um espírito, no estudo que fez dos fenômenos ocultos. O termo possessão por espíritos é usado pela Associação Americana de Psiquiatria, no DSM 4 – Casos Clínicos”. Entretanto, ainda muitos buscam tratá-la de maneira clássica, ou seja, com psicotrópicos. Não quero dizer que a medicação não seja válida. O paciente, muitas vezes, precisa da medicação para ganhar um “fôlego” e, paralelamente, fazer um tratamento espiritual e emocional que consista no amadurecimento e na compreensão das suas emoções. O cliente deve, obviamente, procurar o tratamento espiritual de acordo com as suas crenças.

 

A obsessão pode ser classificada de acordo com o seu grau:

Influência espiritual – A influência espiritual necessita de permissão para identificar a vibração dos pensamentos das duas partes. A obsessão é a ação direta e constante que um espírito malévolo exerce sobre a pessoa. Ela atua na simples influência moral, aparentemente silenciosa, e na perturbação completa do organismo e das faculdades mentais. O espírito André Luiz, psicografado por Chico Xavier e Waldo Vieira, diz:

“Que na retaguarda dos desequilíbrios mentais, sejam da ideação ou da afetividade, da atenção e da memória, tanto por trás das enfermidades psíquicas clássicas como, por exemplo, as esquizofrenias e as parafrenias, as oligofrenias, paranoias, psicoses e neuroses que permanecem como perturbações da individualidade, transviadas do caminho que as leis divinas lhe assinalam para evolução moral. Enquanto lhe mantém a internação no instrumento físico transitório, até certo ponto, ela consegue ocultar no esconderijo da carne os resultados das paixões e abusos, extravagâncias e viciações a que se dedica”. (Mecanismos da Mediunidade, cap. XXIV – Obsessão – sub-item: Problemas morais – p. 170 – Ed. FEB – 1997). Caracteriza-se por cobranças, vínculo com faltas cometidas no passado e a fascinação (encantamento); a pessoa se torna incapaz de discernir, constrói em sua mente uma fantasia e vive através dela. Com base na pequena metáfora da ”Sabedoria Indígena”, devemos refletir sobre qual cachorro devemos alimentar e que tipo de alimentação oferecemos a ele.

 

O que comem os cachorros:

O cachorro bom tem o nome de luz e está ligado aos nossos desejos e aspirações, a nossa herança genética e energética (vivências passadas) e ao plano astral superior. Ele se alimenta de maneira balanceada – DHARMA –, que é a nutrição da consciência.

Partindo do princípio de que a mente gera pensamentos que geram sentimentos e emoções que, por sua vez, criam um fluxo de energia – saúde/doença (estado de consciência), percebemos que é muito importante olhar para nós e assumir nossos pensamentos e sentimentos para, conscientemente, modificá-los. Negar isso é como esconder o lixo debaixo do tapete: não vemos o lixo, mas ele está lá, cheio de bactérias, ácaros e fungos (parasitas energéticos), vibrando incessantemente.

O cachorro cruel tem o nome de sombra e está ligado ao que trouxemos de outras experiências (vivências passadas), à energia ancestral e espiritual, ao plano astral inferior, às nossas dificuldades e ao nosso maior aprendizado de libertação. Ele se alimenta de vitimização (mágoas, ressentimentos, submissão, inflexibilidade, ilusão, negação, culpa e tantos outros). O cachorro corre atrás do próprio rabo e não sai do lugar, criando energias viciosas, contaminadas, ensimesmadas. Nossa ignorância, ou melhor, aquilo que conscientemente desconhecemos em nós, assume o poder para que aconteça a mudança. Sendo assim, não somos vítimas do acaso.

Sabemos da existência dos chacras superiores (cardíaco, laríngeo, frontal e coronário), dos inferiores (umbilical e básico) e do intermediário (ponte – plexo solar).
No plexo solar encontram-se nossos desejos e aspirações. Ele é um intermediário entre os planos superior e inferior em nós. A maneira com a qual nos relacionamos com o mundo faz despertar um plano ou o outro, nosso cachorro bom ou nosso cachorro cruel.

Enquanto nos eximirmos da responsabilidade, estaremos alimentando nosso cachorro cruel que judia de nós e nos causa alienação, cegueira da alma e abre brechas para outras consciências se alimentarem dessas energias que produzimos.

Entretanto, se nos olharmos, nos reconhecermos como seres em evolução e com a oportunidade de refazer adequadamente o que ficou pendente, daremos um salto quântico,  domesticando e amando o nosso cachorro cruel. Estaremos libertos!

Toda obsessão tem início em nós mesmos, na nossa inflexibilidade. Escolha ser feliz agora.

Texto revisado por Juliana Alexandrino


One Comment

  1. Posted 26 de outubro de 2015 at 10:16 | Permalink

    Crioulo era, originalmente, o filho do eoepuru ou africano nascido na ame9rica ou o filho de casamento inter-racial em que um dos pais era portugueas (os filhos de casamentos entre portugueses ne3o eram chamados crioulos).Durante o peredodo da Ame9rica Colonial, os filhos dos grandes aristocratas eoepurus (em especial espanhf3is) que tinham filhos nascidos em terras americanas, chamavam a seus filhos de criollo. O termo era usado como sinf4nimo para todo aquele que nascesse fora de seu paeds de origem. Na e9poca da escravatura, os filhos de escravos nascidos em solo estrangeiro tambe9m eram chamados crioulos, em aluse3o ao termo je1 utilizado muito anteriormente pelos nobres e aristocratas eoepurus. Entretanto, na Ame9rica do Norte, o termo passou a ser utilizado de modo pejorativo, para se dirigir em especedfico e1a0s pessoas ne3o brancas.No mundo lusf3fono o termo nunca teve a mesma carga negativa, sendo usado para denominar os filhos de casamentos inter-raciais (miscigenae7e3o) ou, por extense3o, as culturas nascidas do encontro entre o mundo eoepuru e o africano (como a caboverdiana ou a santomense).Esta palavra originou a expresse3o ledngua crioula para as lednguas que foram criadas nos territf3rios colonizados pelos eoepurus e que usaram uma ledngua europeia como base lexical.

Post a Comment

Your email is never shared. Required fields are marked *

*
*