“Em última análise, precisamos amar para não adoecer.”
(Freud)
Em seu livro A biologia da crença (2007, p. 219), o cientista norte-americano Bruce H. Lipton faz referência à inteligência das células e ao comportamento por elas adotado quando recebem estímulos físicos eletromagnéticos do ambiente.
Em Quem ama não adoece (1994, p. 26-33), o médico cardiologista Marco Aurélio Dias da Silva menciona o aparelho psíquico, compreendido pelo o que Freud chamou de Id, Ego e Superego. O Id está conosco desde que nascemos e é responsável pelos nossos impulsos mais primitivos, como o amor, o ódio, o erotismo, a agressividade. As forças do Id buscam a satisfação imediata. O Ego representa o nosso consciente e serve como mediador dos desejos do Id e do Superego. Por sua vez, o Superego representa a moralidade e tem a função de ditar os valores, as normas e os padrões de comportamento. De acordo com Freud, a estrutura do Superego não é imutável. É possível ‘reeducá-lo’ para que o indivíduo atinja um estado de paz e felicidade. Para tanto, são necessárias condições propícias do ambiente externo, que deve estar livre de situações de estresse, e do trabalho de autoconhecimento para a transformação.
A homeostase biológica, poder natural de autorregulação do organismo, é processada pelo comportamento celular e favorece a adaptação em processos de mudanças bruscas, como um trauma. Em decorrência de um trauma, as funções orgânicas como a respiração e a circulação, e os sistemas nervoso e endócrino, recebem influência direta, se desestabilizando. As células são unidades reativas. São como tijolinhos que obedecem a uma matriz bioenergética, bioelétrica e bioquímica. O psiquismo age diretamente no centro nervoso, comandando todas as atividades da vida orgânica. Quando a energia psíquica não é adequadamente direcionada, os conflitos oriundos do Id, Ego e Superego dificultam a homeostase biológica originando as neuroses, que podemos traduzir como doenças.
Apresentei a estrutura a seguir em um congresso em 2013, no Rio de Janeiro. Após observá-la e entendê-la, é possível perceber que o ser humano possui uma estrutura com sistemas complexos.
A dimensão energética do ser humano
Bioenergética —> energia consciencial, energia orgânico, energia proteíco
Bioelétrico —-> corrente alternada, corrente contínua
Bioquímico —> aminoácidos, vitaminas e minerais
A estrutura bioenergética é encarregada por comunicar e organizar o sistema. É uma espécie de espírito/alma atemporal.
A estrutura bioelétrica é a reversora orgânica; é o local onde a energia regeneradora é armazenada. Nela, localiza-se a energia de cura do ser humano. Além disso, ela é responsável pelas sensações de dor e prazer.
Na estrutura bioquímica acontece a transmutação biológica. Nela, podemos encontrar o sistema imunológico, autorregulador. É nessa estrutura que a homeostase é processada.
Na ocasião de um trauma, há perda da energia vital, desorganizando os sistemas bioenergético (memória – causa do trauma), bioelétrico (reação – sintoma subclínico) e o bioquímico (aberração/doença – o corpo “grita”).
Para que a homeostase biológica aconteça é necessário tornar consciente a causa da desestabilização, criando harmonia entre o pensamento e o sentimento – a resiliência. A palavra resiliência tem origem latina e significa voltar ao normal. Assim, homeostase é o equilíbrio entre os sistemas simpático e parassimpático.
Resiliência e homeostase são, então, condições para a saúde psíquica e física.
O amor é a condição da consciência que organiza o modelo estrutural da célula para que se organizem de forma equilibrada. A aceitação e a compreensão da realidade traz serenidade para viver com alegria.
Referências bibliográficas
LIPTON, Bruce H. A biologia da crença. São Paulo: Butterfly, 2007.
SILVA, Marco Aurélio Dias da. Quem ama não adoece. Rio de Janeiro: Best Seller, 1994.
Jr, Geraldo Medeiros , Bioenergopatia . São Paulo :Editora Medeiros – 2000 – 1ª edição.
One Comment
Uma visão transformadora de vida.